segunda-feira, março 27, 2006

Fala Sério!

Rodrigo Marques


Certas horas não acredito que esse país possa ter jeito. Em meio à todo a aquele clima que gera em torno de Brasília, principalmente com relação às cassações, a deputada Ângela Guadagnin(PT-SP), resolveu dançar no meio do plenário em comemoração ao fato de que dois deputados do seu partido escaparam da punição, algo que ela considera grave demais como uma pena.
O que mais me indigna é que os deputados são os nossos representantes diretos no governo.Tenho certeza que essa lamentável atitude, que fez com que a prórpia deputada se arrependesse depois, pelo menos na frente das câmeras, não é o que esperamos de quem nós colocamos para nos representar. Infelizmente a política não atende ao interesse da população e essa perfomance é um nada se compararmos ao que poderia ser feito pelo povo durante décadas, mas que fica sempre nas promessas de campanha.
Acho que ao invés de espetacularizar um fato como esse, que também considero lamentável, a mídia poderia aproveitar esse período pré-eleitoral para levar informações de qualidade e proporcionar para a população o direito de estar a par sobre o que está ao seu redor. O que é uma Deputada dançarina diante de um governo que sempre fez o povo de palhaço?

quarta-feira, março 22, 2006

Assim caminha o Poder



Rodrigo Marques

Como temos estudado,o Poder Político só pode se estabelecer a partir do aparato das Forças Armadas. Isso me pareceu estranho no começo, mas depois percebi que essa é uma verdade clara. Sempre a violência aparece como um artifício capaz de estabelecer opiniões e alienações.
O triste espetáculo que vimos no Rio de Janeiro é uma prova clara do que disse anteriormente. O exército aparece como uma Instituição a favor da sociedade, mas acaba fazendo parte de uma realidade que quer castigar mais e mais o cidadão comum. A esse são negados direitos como educação, sáude, moradia e etc.
Na minha opinião, o exército é uma prova concreta do desinteresse da classe política em favorecer a segurança da sociedade. A violência em troca de uma imagem maniqueísta na mídia pode ser encarada como mais uma jogada eleitoral.
Pena que nesse meio tempo, pode-se perceber que as forças armadas expõe uma fragilidade e uma incapacidade de superar a organização feita pelos traficantes nos morros. No meio de tudo isso estamos nós, esperando por dias melhores, enquanto aqueles que elegemos estão se deliciando com esse realidade.

sexta-feira, março 17, 2006

Novo sabor!!!!!!

Rodrigo Marques

Estou começando a tomar gosto por esse negócio de blog. Sinto que minha cabeça passa a funcionar melhor, quando posso expor o que estou pensando dentro da lógica jornalística e posso concretizar isso. Sempre batalhamos para ver nossos trabalhos publicados. Muitas vezes literalmente suamos a camisa, mas nem sempre é possível realizar esses objetivos.
O que nunca podemos é deisitir. Enquanto estudantes de jornalismo e pessoas também , temos que perseverar tendo em vista que sempre temos muito a melhorar e amadurecer. Ler, olhar, participar e abstrair o que vivemos é uma missão difícil,jamais impossível. A idéia de trazer aspectos políticos e sobre a cidadania em questão, satisfaz a um desejo de sempre querer por em sinergia o que perpassa a minha mente, diante das coisas corriqueiras. Espero que vocês tenham paciência comigo.

quinta-feira, março 16, 2006

Tá na hora de acordar: Nº1


Rodrigo Marques

Já começou o polêmico período antes das eleições, no qual se decide quem serão os candiadatos à presidência. O Psol, com Heloísa Helela, representará a esquerda radical, ou seja, a maior tentativa de mudança com relação ao que está estabelecido. O PMDB ainda está em dúvida entre a imagem estabelecida de Garotinho e Germano Rigotto, enquanto espera a decisão sobre a verticalização (ver conceito no O XAXIM), que pode fazer com que a legenda lance ou não um candidato.
Entretanto a guerra já está declarada entre o candidato do PSDB, Geral Alckmin e o atual presidente, Lula, do PT. Nós eleitores, temos o péssimo costume de deixar a política de lado, por achar que aquilo não passa de um bando de corruptos. Pode até ser, mas temos que estar conscientes sobre o nosso papel dentro do contexto democrático e os meios de comunicação estão aí pra isso.
O que veremos durante essa campanha, serão novamente muitos investimentos em publicidade e marketing com o intuito de criar imagens, mitos e até verdades. O ideal a se fazer é acompanhar tudo que está acontecendo com uma visão crítica, sem esquecer que decidiremos não quatro anos, mas nosso futuro!

Boas novas leitores!

Resolvemos trazer um diferencial para o nosso blog. Como estamos estudando Comunicação e Política, com a nossa querida Malu Fontes, decidimos trazer sempre pra discussão, aqui no blog, tudo o que está rolando nas aulas. A partir de agora traremos comentários e textos, escritos por nós, sobre o que atinge a política e suas repercussões vinculadas aos meios de comunicação. Comente e dê sugetões sobre essa nossa nova empreitada!

sexta-feira, março 10, 2006

Globalização em foco



Rodrigo Marques

Analisar a cultura como um elemento mercadológico, que perpassa a lógica da globalização, é vislumbrar novas formas de estruturação econômica e de valores sociais. David Harley no livro "A arte de lucrar: globalização, monopólio e exploração da cultura", evidencia os produtos e eventos culturais como veículos de propagação da lógica capitalista.

Ao propor essa dialética, a qual envolve as atividades culturais como mercadorias comuns, Harley relata um processo de mudança no fazer artístico na década de 60: “a pacificação e profissionalização diminuíram acentuadamente a agitação política”, tudo isso, segundo o autor, repercutiu em uma falta de exame crítico. Era essa auto-avaliação discutia relações entre cultura, capital e alternativas socialistas que são úteis para mobilizar uma política revolucionária e incentivava a existência de uma arte mais radical.

ESTRATÉGIAS - David Harley também aborda que a globalização vem diminuindo as proteções monopólicas existentes, fazendo com que os rendimentos monopólicos por conseguinte sejam reduzidos. Mas esse fato não repercute em um caso fechado, pelo contrário, pois muitas são as estratégias das empresas para promover o aumento das suas rendas como, por exemplo, a aglomeração dessas empresas como uma forma de dominar mercados. Outra forma ressaltada por Harley é a busca por meios de Leis Comerciais para garantir monopólios, no qual se instalariam as patentes e o direito de propriedade intelectual.

PARADOXO - Apesar de a globalização abranger aspectos que fogem aos locais, é justamente o interesse na inovação e na releitura de tradições locais, que tem repercutido em uma nova forma de promover um tipo de desenvolvimento urbano e regional a fim de atender a interesses globais. Tudo isso vem desenvolvido pelo empresarialismo urbano, que ao trazer a dialética espaço-lugar, cria o que David Harley chama de “sinergia suficiente dentro do processo de urbanização para que rendimentos monopólicos sejam criados e arrecadados tanto por interesses privados quanto por poderes estatais”.
O interesse em sempre buscar valores como a singularidade e autenticidade, dentre outros, cria no contexto cultural um ambiente favorável à existência de um universo simbólico, o qual está sempre voltado à valores locais específicos e representando possíveis ações a políticas. Dessa forma, o rendimento monopólico acaba desencadeando um ciclo, no qual elementos locais são convertidos em globais para atrair a interesses de uma minoria.