sexta-feira, dezembro 26, 2008

2008 razões pra seguir em frente!

Foi muito bom poder ter voltado ao Politinia. Apesar de não manter uma frequência nas atualizações, tenho colocado nos textos os temas que mais me despertam interesse ou mesmo insatisfação. 2009 será muito melhor e espero que todos vocês continuem acompanhando o meu querido blog.
Boas festas e até mais!

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Preconceito sem máscaras

É preciso desmascarar o preconceito. Apesar de vivermos em uma sociedade democrática, onde todos têm os mesmos direitos e deveres, nos tornando iguais diante da lei, infelizmente muito ainda precisa ser feito para que haja uma mudança de atitude de uma maneira geral.
O Brasil tem como parte da sua história a diversidade de etnias. Brancos, negros e índios formam a base étnica do nosso país e no decorrer do tempo houve uma grande mistura dessas matrizes. Essa heterogeneidade do povo brasileiro é clara, porém o preconceito ainda persiste a fazer parte do nosso cotidiano.
Atualmente temos visto a falta de respeito com os povos indígenas com relação à disputa territorial. As políticas públicas que vêm sendo feitas para a proteção dos índios, tendo a Funai como principal entidade, pouco tem feito para garantir os direitos dos primeiros cidadãos brasileiros.
Outra grande expressão do preconceito está ligada aos negros. O mercado de trabalho e os meios de comunicação são espelhos claros dessa discriminação. Hoje em dia é muito mais difícil para um negro conseguir uma boa oportunidade de emprego ou mesmo um espaço na mídia. O que existe na verdade é uma dívida histórica que atualmente vem sendo reparadas com sistemas de cotas, mas que surte efeito com relação à aceitação de um sentimento de igualdade para muitas pessoas preconceituosas.
Desmascarar o preconceito significa dar oportunidades iguais para todos: brancos, amarelos, índios e negros. Esse processo não se limita a oferecer sistemas de cotas, mas sim em buscar junto aos poderes públicos soluções para promover mais igualdade para todas as pessoas, dando a elas uma educação de qualidade e condições dignas para viver em um país menos desigual.

sábado, novembro 29, 2008

Muito além da solidariedade


Apesar de vivermos em um mundo cada vez mais individualista, "presos" nas nossas casas por causa da violência urbana e colocando os nossos problemas em primeiro plano, tivemos uma demonstração de preocupação com o próximo muito marcante nessa semana.
Estou falando das ajudas vindas de todos os cantos do nosso gigante país para as vítimas do dilúvio ocorrido no estado de Santa Catarina, que atingiu principalmente as cidades do Vale do Itajaí.
A mídia tem dado bastante ênfase ao sofrimento dos desabrigados e isso tem comovido a opinião pública de uma forma tão significativa que já foram criados mutirões e campanhas a fim de ajudar às famílias catarinenses. O número expressivo de mortos, que já ultrapassa 100 pessoas, e a proporção do estrago causado pelas chuvas, têm sido um pratos cheios para diversas coberturas jornalísiticas acerca do tema.
A solidariedade é uma virtude maravilhosa, mas tudo que está sendo arrecadado é passageiro e ações mais eficazes têm que ser tomadas pelo Estado em caráter urgente.
Como brasileiro, sinto orgulho de saber que existem tantas pessoas que ainda se preocupam com o outro, mas entendo que essas ações devem ser feitas de uma forma muito mais constante. Não falo em doações ou algo do tipo, mas sim na necessidade de procurarmos respeitar mais as pessoas que nos cercam. Falar "bom dia, obrigado, por favor" nos ajudará a mudar muita coisa que está aí e que vem tornando o mundo cada vez mais violento e vazio.
Respeitar o próximo é tão importante quanto ajudá-lo.
Até mais!

quarta-feira, novembro 19, 2008

Olho por olho, morte por drogas!


É difícil explicar o que estou sentindo neste momento. Assim como muitos brasileiros, tenho me visto cada vez mais refém da violência urbana, desencadeada principalmente pelo tráfico de drogas. O que vejo atualmente são os meus amigos de infância morrerem por dever aos traficantes e por fazer as mais diversas coisas, até mesmo roubar, para conseguir dinheiro para pagar as dívidas com o tráfico.
Antes de escrever este texto eu tentei buscar uma justificativa para isso tudo, mas infelizmente não tenho uma opinião formada. Resolvi publicar esse post para desabafar e tentar compartilhar com outras pessoas o que tenho sentido. Acredito cada vez mais que a educação doméstica seja o melhor caminho para que possamos enfrentar essa dura realidade que nos cerca atualmente.
Estou me assustando comigo mesmo. Quando o meu primeiro colega foi assassinado eu confesso que entrei em estado de choque, mas hoje a coisa mudou. O que eu me pergunto é quem será o próximo na lista dos traficantes, ou mesmo da polícia.
Eu poderia pensar que essa realidade é proveniente apenas do descompromisso das autoridades públicas, mas isso seria uma hipótese muito simplista. Digo isso porque muito dos meus colegas que hoje estão envolvidos com as drogas têm uma boa estrutura financeira e puderam ter acesso às mesmas coisas que eu.
Há um certo tempo eu acreditava que aquilo tudo que eu via no Rio de Janeiro ocorria apenas lá, mas agora me vejo parte de uma triste realidade onde os protagonistas morrem. Não há heróis. Há vilões. De quem é a culpa? Quem será a próxima vítima de si próprio? Aonde iremos parar?
Até mais!

terça-feira, novembro 11, 2008

Em tempos de crise....


Todos nós estamos esperando qual será de fato o efeito da atual crise econômica desencadeada nos EUA aqui no Brasil, especificamente nas nossas vidas. O aumento das taxas de juros e na dificuldade de obtenção de créditos já traduzem na prática a fragilidade que o mercado possui e como nós cidadãos estamos vulneráveis a tudo isso.
É uma pena que os meios de comunicação não expliquem às pessoas de fato como tudo que ocorre nas bolsas de valores influencia no nosso cotidiano. Falta clareza para informar a população nesse contexto. A tendência de espetacularizar os mais diversos fatos tem tornado a grande mídia cada vez mais superficial.
A internet é um veículo muito importante para que possamos buscar informações mais aprofundadas e ao mesmo tempo diversificadas. O que pesa aqui no Brasil é que ainda é muito pequena a quantidade de pessoas que buscam a web nesse sentido. Espero que o Politinia possa ajudar a despertar algumas inquietações que se fazem mais do que necessárias em tempos de crises econômica, existencial e de senso crítico.
Até mais!

quinta-feira, novembro 06, 2008

A semana de Obama e Hamilton



A história se encarregou de fazer justiça. Nesta mesma semana presenciamos dois eventos que foram bem salientados pela mídia e que tiveram algo de muito peculiar em comum: Dois homens negros conseguiram alcançar feitos inéditos.
O jovem inglês Lewis Hamilton conseguiu ser campeão da Fórmula 1, esporte sempre marcado pela presença de brancos e que tem um tom bastante elitista. Hamilton é o primeiro negro a conseguir chegar a essa categoria do automobilismo e no seu segundo ano conseguiu levar o título mundial.
Uma outra vitória, foi a de Barack Obama nos Estados Unidos. O então senador de 47 anos foi eleito presidente em um pleito único na história da democracia americana. Obama representa a vitória de um povo que há mais de 40 sofreu com uma forte segregação racial e que hoje se sente mais valorizado e agora literalmente representado.
O mundo parou para ver a vitória do primeiro presidente negro dos EUA. Mais que isso, a vitória de Obama parece marcar um novo momento para a política internacional, principalmente na necessidade de trazer medidas para conter a atual crise e interferir nos conflitos que o país está envolvido.
Hamilton e Obama quebraram paradigmas e provaram que o preconceito, seja ele em qual instância for, é algo que não cabe na sociedade mundial atualmente. Esses dois personagens, cada um com seu grau de importância, nos ensinaram que é possível sonhar com um mundo menos desigual e mais humano.
Até mais!

terça-feira, outubro 28, 2008

As eleições e o Marketing Político


Imagem é tudo quando se fala em política atualmente. Durante as campanhas eleitorais podemos notar como os candidatos e partidos estão cada vez preocupados em expor suas propostas de uma maneira mais dinâmica e agradável para a sociedade. O uso do rádio, televisão e outras diversas formas de mídia tem contribuído cada vez mais para que o eleitor decida em quem vai votar.
Acredito que todo mundo lembra de pelo menos três músicas "jingles" da última campanha. Isso é a prova de que é impossível pensar política atualmente sem deixar o marketing de lado. Construir uma imagem a curto, médio ou longo prazo é o objetivo de qualquer pessoa que pretende entrar ou mesmo se manter na vida pública.
O marketing político teve como grande marco no Brasil a eleição de Lula em 2002. O trabalho realizado pelo marqueteiro Duda Mendonça naquela ocasião possibilitou o surgimento de um "novo LuLa", muito mais agradável ao interesse público e com idéias trazidas de uma forma mais clara durante os debates e programas eleitorais.
Temos que entender o marketing político como uma ferramenta importante para que possamos conhecer as reais propostas dos candidatos e a partir daí poder cobrar e acompanhar de forma mais clara tudo que foi discutido antes de irmos às urnas.
Milhões de reais são gastos atualmente em propagandas e ações em comunicação. Como cidadãos temos que entender esse novo momento como uma evolução do processo político e como uma oportunidade de entermos melhor as plataformas eleitorais dos candidatos.
Não podemos é perder o bom senso e nos deixar levar pelos discursos e imagens criados. O voto está muito além disso e a decisão final depende do fator preparação.
Temos dois anos até a próxima eleição e a hora de começarmos a pensar nela é agora.
Até mais

quinta-feira, outubro 23, 2008

"Imprensa" que sai sangue!


Assim como grande parte dos brasileiros, acompanhei o sequestro que ocorreu em São Paulo na semana passada. Como jornalista, tenho uma visão diferenciada e foi justamente esse modo diferenciado de analisar o fato que me deixou triste e decepcionado.
O drama que envolveu as meninas Eloá e Nayara, além do ex-namorado de Eloá, Lindemberg, parou o Brasil. A qualquer horário que eu entrava na internet ou ligava a televisão havia alguma novidade sobre esse fato. Os programas de variedades e os telejornais fizeram uma verdadeira corrida pela audiência que influenciou diretamente no desfecho trágico que o fato teve.
Fique abismado quando soube que apresentadores ligaram pro sequestrador e tentaram estabelecer comunicação com ele. Foi criado um espetáculo buscando Ibope. Talvez a história pudesse ter um final diferente se houvesse um maior distanciamento e bom senso por parte dos meios de comunicação.
Essa necessidade de informar a qualquer custo transformou o fato em uma "novela" pela qual esperávamos um final feliz, mas que infelizmente culminou com a morte da garota Eloá. O velório virou um grande evento e me chocou ver pessoas tirando fotos do corpo da menina. A mídia transformou os protagonistas do sequestro em personagens. Tenho certeza de que esse também foi um fator que mexeu muito na cabeça de Lindemberg.
Sei que todos nós estamos meio que saturados desse assunto, mas eu precisava desabafar o meu sentimento de vergonha de ser jornalista neste momento.
Até mais!

quarta-feira, outubro 22, 2008

Feliz 2008?

Depois de mais de um ano resolvi voltar a escrever no meu blog. Terminada a correria de monografia e juntanto isso à vontade de estar sempre expondo minhas idéias, decidi me dedicar novamente a escrever sobre política e cidadania.
Aproveitei pra dar uma reformulada na cara do blog e deixá-lo mais bonito. Espero contar com as visitas e principalmente com as opiniões daqui pra frente. Um forte abraço a todos e vamos levar o POLITINIA à frente!
Até mais!