sexta-feira, dezembro 31, 2010

ADEUS, 2010!

Lá se foi mais um ano.Fiz questão de passar por aqui para agradecer a todos que acompanharam o Politinia em 2010. Sei que poderia ter feito muito mais, mas com toda certeza, 2011 será muito melhor.

Que todos vocês continuem buscando os seus sonhos, sempre com honestidade, respeito ao próximo e dignidade.

Muita saúde pra todos e que continuemos juntos.

Até mais!

quarta-feira, dezembro 01, 2010

Vamos avante, esquadrão!



Esperei um tempinho pra poder falar sobre este tema. Fui chamado de torcedor de final de campeonato, de fogo de palha, dentre outras denominações, mas engoli tudo com muita serenidade.

Já tive a oportunidade de falar sobre futebol aqui e muitos de vocês já sabem que realmente não sou um torcedor padrão. Estou longe de ser aquele que assiste a todos os jogos, entende tudo sobre esquemas táticos e sabe todas as escalações da década, incluindo a atual. Definitivamente não sou assim.

Não nego que me deixo levar pela boa fase do clube e quando o mesmo está “caindo pelas pernas” nem me importo muito. Não sofro por causa do futebol, mas respeito e entendo quem vive o cotidiano do clube.

A minha história com o Bahia parte do meu falecido avô. Lembro-me muito bem de vê-lo sentadinho em um banco de madeira, localizado entre a sala e cozinha da casa, sempre no cantinho, de pernas cruzadas, ouvindo os jogos do tricolor. Era uma torcida solitária, mas repleta de amor.

Foi exatamente esse sentimento que ele, sem querer, passou para seus filhos e netos que puderam conviver com ele. Todos aprendemos a gostar das cores e acompanhar os passos do esquadrão de aço.

É impossível não lembrar do meu avô. Ainda tenho em mente aquela figura calma, pacata e sempre prestativa. As lembranças são muitas, mas o que senti no dia em que o Bahia voltou à Série A foi realmente algo difícil de explicar. Diante daquela explosão de alegria pelo acesso do tricolor ao lugar de onde ele jamais deveria ter saído, só me vinha imagem dele e a sensação de que existem paixões que vão além da vida.

O que me atrai aos estádios e mesmo a acompanhar um pouco o cotidiano do Bahia é a sua torcida. Meu avô era apenas um de uma legião que ama incondicionalmente o esquadrão, que discute com amigos, larga faculdade, trabalho e o que for para ver os jogos ou mesmo ouvir pelo rádio. A energia que se forma é algo difícil de sintetizar em palavras. Ninguém nos vence em vibração.

Nos jogos podemos ver pessoas de todas as classes sociais, ideologias e religiões unidas em torno do tão esperado momento do gol. Sofremos, dizemos que vamos deixar essa loucura de lado, mas é só o clube entrar um pouquinho no eixo que o vulcão entra de novo em erupção.

O Esporte Clube Bahia tem uma nação consigo. É preciso que haja um gerenciamento do clube pensando no poder que de fato o nosso querido “Baêa” tem para se manter na Série A. Espero que este tão sonhado retorno, depois de sete difíceis anos, seja um marco pra um novo tempo. Há de ser.

quarta-feira, novembro 10, 2010

Os desafios de Dilma


Queridos,

Minha vida tá uma correria só por esses dias. Como escrever aqui é algo que faço quando me sinto inspirado para falar de algum assunto, resolvi dar um tempo até postar algo novo. Mais uma vez fui surpreendido de uma maneira muito feliz quando uma ex-aluna minha me encontrou com uma revista na mão, dizendo que passou a ler sobre política depois de acessar este humilde blog. Senti-me o cara.

Bom, vamos ao que interessa. O dia 31 de outubro confirmou o que as pesquisas já apontavam: temos pela primeira vez na história uma mulher na presidência. Eu já esperava a vitória de Dilma Rousseff devido à bagagem que ela trouxe do governo Lula e também pela pouca expressividade e credibilidade que o PSDB , com José Serra, conseguiu passar durante a campanha.

Os próximos quatro anos serão de muitos desafios. Teremos que nos preparar para as Olimpíadas de 2016 e para a Copa do Mundo, que acontecerá no último ano do governo Dilma, em 2014. Em relação à economia, creio que Dilma vai seguir as diretrizes do atual governo, continuando a investir nos programas sociais e incentivando o mercado consumidor e as obras em infra-estrutura, com o PAC, do qual ela se intitulou "mãe". A roda tem que continuar girando.

Dilma fez um marcante discurso logo após que foi confirmada a sua vitória. Falou, dentre outros assuntos, sobre erradicação da miséria e da preservação da liberdade de imprensa. Espero que ela consiga dar bons passos nesses dois sentidos. Como estamos em uma democracia, é perfeitamente normal que muitas pessoas se mostrem descontentes com a derrota do seu candidato, mas tudo tem limite.

Todo mundo deve ter ouvido falar dos comentários xenofóbicos feitos por internautas em relação aos nordestinos. Eles acusam o povo do nordeste de, erradamente, ter causado a eleição de Dilma. Foram inúmeras as ofensas feitas, mas as providências estão sendo tomadas. A internet aos poucos está deixando de ser “terra de ninguém”. Quem faz apologia a qualquer forma de preconceito tem que pagar por isso, independente da forma. O preconceito sempre vai existir, mas há que haver respeito.

Dilma foi eleita de uma maneira marcante. Ela ganharia as eleições, mesmo eliminando todos os votos que obtidos nas regiões norte e nordeste. O segundo turno, na minha opinião, aconteceu muito por força do escândalo envolvendo Erenice Guerra, substituta de Dilma na Casa Civil. Outro ponto que foi de fundamental importância foi o crescimento obtido por Marina Silva, que conseguiu galgar 20% dos votos válidos no dia 3 de outubro.

Como brasileiro, tenho que ser otimista e torcer para que o governo Dilma seja melhor do que foi o atual. Que a saúde, segurança e educação (incluindo o Enem) sejam cada vez mais valorizados e que possamos continuar no caminho que estamos. Espero que o combate à corrupção e aos políticos fichas sujas também se fortaleça.

Continuarei aqui, sempre lançando pensamentos e querendo compartilhá-los com o máximo possível de amigos. Boa sorte a todos nós nestes próximos quatro anos. Até mais!

sexta-feira, outubro 22, 2010

Voto obrigatório: Dê a ideia!



O tempo realmente está voando. Mal passamos do primeiro turno, onde elegemos governadores, senadores e deputados e já estamos a dez dias de eleger o nosso próximo presidente.

Meu trabalho na campanha política de 2010 foi muito interessante. Conheci candidatos de todos os perfis possíveis. Gente que não tinha nenhum tipo de projeto e cidadãos prontos para deferenderem causas realmente interessantes para a maioria. Não preciso nem dizer o que ocorreu com os que tinham algo bom a oferecer.

Tenho pensado muito na questão da obrigatoriedade do voto. Não tenho muito embasamento para fundamentar um ponto de vista consolidado, mas acho que no nosso país a quantidade do voto pesa muito em detrimento da qualidade do mesmo.

No dia da votação foi impressionante perceber como grande parte das pessoas não tinham a mínima ideia sobre em quem votar. Não é à toa que todos vimos rios de papéis pelas ruas. O que valia era digitar logo qualquer número e voltar pra curtir o domingão de sol que estava fazendo.

Acho que o voto deve ser algo feito a partir de algum tipo de convicção. Dessa forma, teríamos um eleitorado mais crítico, mesmo que este não fosse massivo. Votar e esquecer em quem votou no dia seguinte é uma realidade que não contribui em nada para que possamos amadurecer a democracia no Brasil.

A não obrigatoriedade do voto também poderia ajudar o eleitorado a ter uma campanha mais embasada em propostas. A qualidade do candidato seria algo a ser priorizado. É ridículo ver uma processo eleitoral cercado por denúncias e factóides, os quais só servem para tirar o foco sobre o que os postulantes têm realmente a oferecer. Continuamos no picadeiro do circo que eu citei no post anterior.

Dia 31 vamos escolher o nosso novo presidente. Dilma e Serra têm oferecido muito pouco à sociedade em termos de propostas. São tantas notícias de acusação de um contra o outro que já perdermos as contas. Tudo funcionando pela lógica do denuncismo para tentar mudar os números das pesquisas.

Todos já estamos saturados disso tudo e querendo muito que chegue logo a hora de fechar esse ciclo. Acredito que o país está passando por um momento muito especial e que os próximos anos serão de muita estabilidade. Torço para que mais empregos sejam gerados, que a educação comece a entrar em um bom caminho e que a segurança pública se consolide, principalmente nos grandes centros.

Como vocês já sabem, sou um otimista nato. Acho que votar com cosnciência é o melhor caminho para que tudo comece a dar certo de verdade. A obrigatoriedade do voto faz com que muitas pessoas votem por "protesto" e acabem elegendo os mesmos que nos fazem desacreditar na política, ou mesmo outros que não passam de fenômenos de votação e que pouco terão a acrescentar.

O nosso POLITINIA sempre estará por aqui para que possamos pensar na política e na cidadania como aspectos fundamentais para sermos uma nação melhor.

Gostaria muito de saber quais são as opiniões de vocês sobre a obrigatoriedade do voto. Não deixem de comentar.

Até mais!

quarta-feira, setembro 29, 2010

Domingo tem eleição? Tem sim, senhor!



Reta final de campanha. Tive uma expectativa muito grande em relação às eleições de 2010, mas confesso que ficou um gostinho de ”quero mais”. Desde 2008 tenho trabalhando com marketing político e é exatamente a oportunidade de poder estar no outro lado que me faz pensar política de um modo diferente.

Tive contato com muitos candidatos aos cargos de deputados federais e estudais no decorrer desses três últimos meses. O peso de um bom trabalho de comunicação já é uma preocupação da grande maioria deles, mas percebo que ainda falta algo difícil de explicar. Talvez seja a essência que o pleito na democracia traz na teoria, mas que se reflete em uma realidade bem diferente.

Os postulantes não têm a verdadeira noção do papel de um deputado, seja ele estadual ou federal, que é principalmente fiscalizar o poder executivo e propor projetos de leis. Muitos se jogam na corrida eleitoral por uma questão de vaidade ou porque servem pra conseguir votos que vão eleger os candidatos preferenciais dos seus partidos.

Infelizmente é uma realidade que vemos por todo Brasil. O emblemático caso do palhaço Tiririca é um reflexo desse interesse partidário. Caso eleito, dentro do critério de proporcionalidade, ele pode ajudar a eleger outros candidatos do seu partido. Outra questão que merece nossa reflexão é o fato de que ele realmente não sabe nada sobre o papel de um deputado federal e esperar ser eleito pra aprender. Seria legal se isso fosse uma piada, mas eu o vi dando essa declaração a um renomado site. Lamentável.

É fácil achar que está tudo errado, que todos são ladrões e que política é algo sujo, quando sequer lembramos em quem votamos há 4 anos ou ajudamos a eleger pessoas despreparadas. Conheci candidatos com muita boa vontade para realmente fazer algo pela sociedade, mas é preciso conhecer os caminhos. As Câmaras Estaduais e o Congresso Nacional precisam de deputados e senadores novos, que possam chegar e fazer a diferença. Temos a oportunidade de renovar, experimentar. Pode dar certo ou não.

Aproveitem esses últimos minutos antes do voto e escolham candidatos que tenha uma bagagem de vida que os credencie a serem os nossos representantes. Eleger um palhaço ou quem quer seja como uma forma de protestar é dar murro em ponta de faca. Todos sabemos que voto é coisa séria.

Somos os responsáveis pelo futuro do nosso estado e país. Exercer o mínimo de senso crítico nos faz deixar de sermos “palhaços”, que nada fazem pra mudar o cenário político e que estão sempre prontos pra fazer os políticos rirem com os resultados das urnas.

Escolham com consciência e de preferência eleja alguém que tenha gana de mostrar serviço. Renovar é o caminho para que possamos desmontar o picadeiro montado por muitos deputados e senadores atualmente no nosso país.

Até o dia 3!

quarta-feira, setembro 15, 2010

Reality shows policiais: Mude o canal!



Lembro que estava na casa de praia de uma amiga, quando uma tia dela falou de um filme que havia assistido. Disse que contava a história de um grupo de elite da polícia carioca e estava fazendo o maior sucesso na pirataria. Ela se referia à Tropa de Elite e confesso que fiquei curioso pra ver mais um filme nacional, que falasse da realidade social brasileira, sempre tendo a violência com plano de fundo. Até aquela ocasião, Cidade de Deus e Carandiru tinham sido os melhores sobre essa temática que eu havia assistido.

A fantástica atuação de Wagner Moura e o enredo do filme me cativaram. Tropa de Elite se tornou uma febre antes mesmo de ter estreado no cinema. Quando ele foi para as telonas, muitas pessoas já haviam assistido e quiseram apenas constatar se a versão oficial teria alguma diferença com relação à pirata.

Aqui na Bahia, programas que mostram o cotidiano da polícia e o combate à criminalidade têm uma audiência relevante. Eles mostram as prisões de traficantes, ladrões, foragidos e chegam até mesmo a cobrir as ações policiais nos bairros, revelando toda a tática de combate ao crime feito em determinadas operações.

Essa é uma tendência que agrada não só o público baiano. O programa “Polícia 24h”, exibido na Band, e o “Operação de Risco”, transmitido pela Rede TV!, mostram as rondas policiais como se fossem reality shows. Eles trazem situações arriscadas enfrentadas pela polícia no dia-a-dia, tendo a necessidade de colocar em evidência a busca pela “realidade à qualquer custo”.

Segundo informações do portal Terra, “Operação de Risco é uma produção da Rede TV! em parceria com a produtora Medialand, inspirado no seriado americano Cops”. A polícia dos Estados Unidos também enfrenta diversos problemas, mas é indiscutível que eles possuem uma outra estrutura de preparo e uma forma de atuação muito diferente da que temos aqui no Brasil.

A exibição de reality shows policiais mostra a necessidade que nós telespectadores temos de sentir que algo está sendo feito contra a onda de violência que nos assola. Mais que isso, revela como até a violência pode render audiência e lucro para a mídia. Para muitos meios de comunicação é ruim com ela, talvez pior sem ela. Espreme que sai sangue.

A segurança pública é o grande assunto na pauta das discussões destas eleições. Todo mundo promete ter a fórmula para mudar esse quadro que atinge a todas as classes sociais. Mais do que mostrar a realidade como ela é, como é o caso desses reality shows, é preciso que haja sérios investimentos no combate ao tráfico de drogas, preparando melhor a polícia, oferecendo-a mais recursos de atuação e melhores salários.

Na frente das câmeras tudo é mais bonito. Todos parecem querer interpretar o papel do Capitão Nascimento, aquele que era movido pela paixão em ser policial e honrava a farda. O que vemos no nosso cotidiano é que muitas vezes somos maltratados pela polícia, o que revela seu despreparo par lidar com educação com aqueles que de fato optaram pelo “caminho certo”.

A síndrome de Tropa de Elite deve ser substituída por uma política sólida de atuação no combate à violência. Mais do que preparar a polícia é preciso, no outro lado do jogo, oferecer oportunidades àqueles que muitas vezes têm tudo para cair na criminalidade. O processo de fortalecimento da educação é algo que deve acontecer em paralelo com a atuação do Estado na busca pela tão sonhada paz.

Deixemos de lado esses programas que mascaram a realidade. Todos sabemos o quanto temos que cada vez mais nos esconder nas nossas casas. Vivemos em um eterno clima de tensão. Precisamos de atitudes e não de reality shows e diversos programas que fazem uma hipócrita prestação de serviço à sociedade.

Mudar o canal já seria uma boa atitude. Sem audiência esses produtos televisivos deixarão de existir. Sei que posso estar parecendo pretensioso, mas já faço a minha parte.

O Tropa de Elite 2 está vindo aí. Certamente será um sucesso de público. Que a espetacularização da polícia fique apenas na ficção e possamos ter na vida real algo concreto, que mostre que uma boa segurança pública é possível. Vote certo!

Até mais!

quarta-feira, setembro 08, 2010

De olho neles (Parte 2)



Demorei um pouco pra postar novamente, mas vou cumprir o que havia prometido. No meu último post, havia falado sobre a minha intenção de expor algumas ideias minhas sobre a disputa baiana entre os candidatos que pretendem governar o Estado pelos próximos quatro anos. É chegado o momento.

Apesar de trabalhar com assessoria de comunicação dentro da política, queria deixar bem claro que não sou filiado a nenhum partido e nem tenho preferências ideológicas para trabalhar. Sou profissional e procuro enxergar a política como um campo de atuação.

Aqui no Politinia, discuto o outro lado do marketing político, que é o modo consciente e ativo que nós eleitores e cidadãos devemos ter no sentido de acompanhar e ter uma opinião formada sobre diversos temas que rondam o cotidiano da política e da sociedade de uma maneira geral.

A campanha para governador é sempre a mais debatida pela opinião pública. A Bahia passa por um momento bastante interessante neste sentido. Depois de quase 20 anos do Carlismo, onde candidatos vinculados a Antônio Carlos Magalhães e até mesmo o próprio governaram o Estado (PFL, depois DEM), tivemos a quebra desse ciclo com a entrada de Jaques Wagner, aliado do presidente Lula (PT).

O que está acontecendo nesta eleição de 2010 é uma comparação feita entre o desempenho de cada um desses grupos. Jaques Wagner, candidato à reeleição mostra o quanto fez nesses quase 4 anos e pede votos para continuar desempenhando o seu trabalho. Por outro lado, Paulo Souto, candidato derrotado em 2006, faz a sua campanha em cima dos possíveis erros do seu adversário e também mostra o seu histórico de atuação como governador.

Wagner tem consigo um vento que sopra em seu favor. Além de possuir a “máquina governamental” nas mãos, também conta com a altíssima popularidade do governo Lula e com o “fenômeno Dilma”, que faz com que a sua campanha ganhe força. Negativamente pesa sobre ele os altos índices de violência na Bahia, problemas na Saúde, e tenho notado que o funcionalismo público também se queixa muito das diretrizes adotadas na atual gestão.

Paulo Souto, que em 2006 não se reelegeu, dando lugar a Wagner, tem presente na sua campanha o discurso de mudança, típico de quem é oposição. Ele procura mostrar os pontos negativos do atual governo, mostrando sempre o seu currículo político. A estratégia não vem dando muito certo, e ele ocupa a segunda posição nas pesquisas, vindo muito atrás do petista.

Gostaria de pontuar também a presença de Geddel Vieira Lima na disputa que levará ao Palácio de Ondina. Ele, que foi ministro da Integração Nacional do governo Lula, decidiu romper com Wagner e se lançar candidato pelo PMDB. Apesar de ter uma coligação com muitos partidos e ser o que mais pretende gastar na campanha, Geddel não consegue emplacar, amargando a terceira posição nas pesquisas. Particularmente, acho que ele ainda crescerá um pouco devido aos votos pelo interior do estado, mas a disputa realmente ficará entre Wagner e Paulo Souto.

Agora a bola está com vocês. Façam uma comparação sobre a Bahia do PT e a do DEM. Tanto Paulo Souto quanto Jaques Wagner já tiveram chances de mostrar serviço como governadores.

Aproveitem e comentem sobre essa disputa. Até mais!

segunda-feira, agosto 23, 2010

Pé na estrada




Deu uma vontade de escrever e sinto que isso é ótimo. Hoje soube que tenho uma leitora de Brasília, capital do país. Sinal de um reconhecimento e de que o Politinia tem ido longe. Bom menino!

Procuro sempre falar de assuntos de interesse de todos, de norte a sul do nosso imenso Brasil. É bom saber que minhas ideias correm o mundo e que o pouco que faço surte algum efeito.

No meu próximo post, vou falar um pouco do cenário político do meu estado, a Bahia. Sinto que estou devendo uma abordagem sobre a corrida eleitoral daqui, na qual eu estou inserido e participo profissionalmente.

Conto com vocês e vida longa ao blog...rumo aos 14 mil acessos!

sábado, agosto 14, 2010

De olho neles! (Parte 1)


Ainda tenho muito a aprender sobre política. Muita coisa mesmo. Apesar de estar na área há 2 anos, sinto que há uma lacuna de conhecimento que só o tempo irá amenizar.

Diariamente estou envolvido no noticiário político e eleitoral e isso tem me despertado para a necessidade de ter que sempre ir além. Aprender mais e mais.

Mesmo sabendo tão pouco, sinto que cumpro um papel bem bacana incentivando pessoas a pensarem sobre a política, assunto tão mal visto diante dos escândalos e fatos diversos que cercam esse universo. O Politinia abre a possibilidade para que haja um debate sadio de ideias e tenho recebido um incentivo muito grande para poder seguir em frente. Assim o farei.

Bom, durante essas duas últimas semanas, os presidenciáveis com maior representação nas pesquisas de opinião (Dilma Rousseff e José Serra) tiveram um tempo para expor suas propostas em um debate realizado pela Rede Bandeirantes e também deram uma entrevista no Jornal Nacional. Ambos momentos foram marcantes para sabermos como esses dois candidatos se portarão daqui pra frente.

Dilma Rousseff – Foi visível a tensão da candidata nessas duas ocasiões. No entanto, levando em consideração que é a primeira vez que Dilma disputa uma eleição, acho que ela está lidando bem com a pressão e tem se superado a cada dia. Gostaria de ressaltar que ela tem como um dos grandes adversários os grandes empresários da imprensa brasileira. Todos puderam ver isso no modo como Dilma foi “metralhada” por William Bonner e Fátima Bernardes.

Dilma tem como aliado o governo Lula, que tem alcançado índices fantásticos de popularidade. Já está claro e era esperado que ela levantasse a bandeira da continuidade do legado do nosso atual presidente. Ter Lula como um parceiro tem se refletido nas pesquisas que cada vez mais consolidam o nome de Dilma no primeiro lugar na preferência dos eleitores.

José Serra – Serra é, em minha opinião, aquele que está mais bem preparado para lidar com as situações de debate e entrevistas polêmicas. Digo isso por ser a segunda vez que ele disputa uma eleição presidenciável e também pela prática adquirida ao longo de toda a sua vida pública, desde os anos 60, e recentemente por ter governado o estado de São Paulo.

Apesar dele querer passar uma imagem de um cidadão simples, o ‘Zé Serra’, acho que dificilmente ele conseguirá ter diante do povo esse conceito que fez o presidente Lula virar um fenômeno de aceitação popular. As pesquisas apontam uma tendência de queda e estou no aguardo para saber qual será o discurso adotado por ele no horário político. Falar de FHC, do qual ele foi ministro, não me parece o melhor caminho. Talvez ele fique com a sua experiência no governo paulista. Por enquanto, ele tem amargado um segundo lugar nas pesquisas, sem tendência de reversão desse quadro.

São análises simples essas que trago aqui, mas repletas de vontade de que todo mundo possa pensar um pouco mais neste assunto. Vocês, de maneira muito importante, fazem parte deste meu processo de aprendizado.

Estamos vivendo um momento bastante importante. Vale a pena prestar mais atenção e acompanhar mais de perto tudo isso.

Um grande abraço e até mais!

sexta-feira, julho 30, 2010

Tempo Rei



Ontem comemorei mais um ano de vida. Celebrar mais uma etapa conquistada é sempre bom, principalmente quando estamos cercados de pessoas com as quais sabemos que podemos contar. Além dos meus amigos, que fizeram questão de me dar um abraço pessoalmente, também fui agraciado com várias mensagens através da internet, telefone e de SMS. Salve a tecnologia!

Aniversário pra mim é o dia que reservo pra me reunir com minha família e amigos. Reservo estada data para fazer uma auto-avaliação do que tenho sido e do que quero ter como objetivos, tanto no campo pessoal quanto no profissional. Ontem pensei muito nas dificuldades que o começo de uma carreira sempre traz. Me formei há 2 anos e estou perseguindo o meu sonho de viver exclusivamente do que realmente quero, que é o jornalismo. Tenho certeza de que chegarei lá.

Hoje de manhã, uma das primeiras matérias que li foi justamente sobre essa questão dos jovens em começo de carreira, mas de um ponto totalmente diferente. A notícia falava do atacante Neymar, que joga no time dos Santos. Ele, um jovem de 18 anos, já se tornou uma espécie de pop-star da indústria cultural e tem pela frente um caminho fantástico a ser percorrido, dentro e fora do campo, se tiver a cabeça no lugar.

É justamente sobre essa questão da maturidade para lidar com o dinheiro e o sucesso que fiquei pensando. Reconheço que chegar ao estrelato no futebol é algo muito difícil, que exige talento e uma alta dose de sorte. Também é assim no jornalismo. Contudo, gostaria de frisar que muitos jogadores não estão preparados para lidar com a fama, o poder e as consequências que esses dois elementos trazem para suas vidas.

A mídia volta e meia publica alguma notícia abordando o envolvimento de jogadores com drogas, prostituição, adultério, relação com tráfico de drogas e etc. O mundo de glamour e a ideia de estarem acima do meu e do mal, trazida com o poder que o dinheiro abarca, acabam fazendo com que determinadas atitudes venham à tona. O atleta, que tem na sociedade o dever de servir exemplo para as futuras gerações, acaba jogando a sua imagem no lixo.

Todos nós temos acompanhado o caso que envolve o desaparecimento de Eliza Samúdio e que tem como principal suspeito o goleiro Bruno, que atuava no Flamengo. Longe de mim fazer qualquer julgamento sobre a índole dele, mas é fato que a fama e as más companhias foram fatores que potencializaram atitudes deploráveis, como as ameaças que ele fazia à ela.

A grande maioria dos jogadores vem de famílias humildes e esta ascensão social que o futebol os propicia não é assimilada muitas vezes com maturidade. Bruno é réu e vítima do seu próprio destino. Mesmo que provem que ele não é o culpado, a sua carreira já foi manchada e o seu maior desejo, disputar a copa de 2014, ficou praticamente impossível.

Gostaria de deixar esse assunto para que possamos debater juntos. Independente da carreira que se escolhe, é preciso saber que é preciso ter foco e maturidade. Todos os caminhos são difíceis, mas temos que aprender a brilhar e não deixar que o excesso de luz ofusque aquilo que tanto almejamos.

Continuo na minha caminhada. “Ando com fé que ela não costuma falhar”, como diz o poeta.

Até mais!

quarta-feira, julho 14, 2010

A vez dos presidenciáveis



Queridos amigos,

Confesso que fiquei triste com a desclassificação da nossa seleção. Como a grande maioria dos brasileiros, eu também viro uma espécie de técnico e vibro muito a cada jogo disputado. Agora é bola pra frente, como se diz no próprio futebol. Passado o período de copa do mundo, é hora de voltarmos as nossas atenções para outras coisas.
Já deixei claro àqueles que vêm acompanhando o blog o meu desejo de trazer aqui no Politinia uma série de discussões relacionadas ao período eleitoral que vamos encarar a partir de agora. Somos protagonistas do futuro que queremos e este é o momento para pensarmos melhor sobre como está o nosso estado e o nosso país e optarmos por um caminho a ser seguido.
Neste post, gostaria de me falar um pouco sobre as minhas impressões acerca dos presidenciáveis. Vou me ater aos três mais bem colocados nas pesquisas e como venho acompanhando diariamente as notícias publicadas na mídia, devido à necessidade de atualização de informações que já tenho naturalmente, que aumentou com a exigência da empresa onde trabalho.
Gostaria muito de que vocês participassem com comentários sobre os candidatos à presidência. Pretendo ser o mais imparcial possível, até mesmo porque pretendo conhecer melhor o programa de governo de cada um antes de tomar minha decisão. Vamos lá!

(Ordem Alfabética)

DILMA ROUSEFF (PT)

“Dilma é a candidata de Lula”. É assim que, na grande maioria das vezes, nos referimos a ela, que foi ministra do atual governo em duas ocasiões. Pegando carona na altíssima popularidade e aceitação que o povo tem com relação a Lula, Dilma pretende consolidar a ideia de continuidade no contexto social e econômico da gestão da qual ela fez parte. Tem como aspecto negativo e positivo ao mesmo tempo a sua falta de experiência com mandatos. Digo negativa porque isso traz a ideia de que ela nunca foi política, mas por outro lado é positiva, pois é um nome a ser testado, sem manchas de um passado “sujo”. A ficha dela, pelo que me consta, é limpa!

Tenho notado que há um natural processo de transferência de votos de Lula para Dilma. Ela tem tido uma boa exposição na mídia e isso tem feito com que as pesquisas reflitam números favoráveis para a campanha dela.

JOSÉ SERRA (PSDB)

Serra tem em 2010 a sua segunda tentativa de emplacar como presidente. Em 2002, ele também pleiteou o cargo, mas a onda “Lulinha Paz e Amor” não o deu a chance. Tenho notado que desta vez ele tem adotado um perfil mais “leve”, falando de forma mais simples e tentando convencer da maneira mais direta de que ele é o gestor que o Brasil necessita.

A sua experiência como ministro da saúde, marcada pela criação dos remédios genéricos, será bastante explorada na sua campanha. Além disso, pesa em seu favor a SUS longa trajetória política, ressaltando a sua recente atuação como governador de São Paulo.

MARINA SILVA (PV)

A defesa do meio ambiente e da sustentabilidade é a bandeira levantada por Marina Silva, que ganhou uma forte projeção no país como ministra do meio ambiente do governo Lula. Ela traz consigo um discurso permeado pela necessidade que temos, enquanto um dos países mais ricos em recursos naturais, de possuirmos uma consciência e um governo que trate da questão ecológica com mais cuidado.

Marina tem aparecido em terceiro lugar nas pesquisas, enquanto Serra e Dilma se encontram tecnicamente empatados.

Procurei trazer uma análise bem superficial sobre as minhas impressões. Como de costume, deixo aberto agora o espaço aqui no blog para que cada um de vocês possam deixar as suas opiniões.

AGORA É COM VOCÊS! NÃO DEIXEM DE COMENTAR!

Até mais!

quarta-feira, junho 16, 2010

Novidades do Politinia!

Queridos amigos,

Fiquei tão feliz com a repercussão que tive desde o meu último post, que resolvi dar uma repaginada no blog. Criei um e-mail para divulgar as atualizações que faço e gostaria de deixá-lo à disposição de todos.

Envie mensagem para:

rodrigomarquescarvalho@gmail.com

Quem quiser receber as atualizações do Politinia, basta mandar uma mensagem para o endereço acima, falando do interesse. A partir daí, colocarei o e-mail de quem me enviou na lista dos contatos e assim sempre manterei todos informados.

Um grande abraço!

segunda-feira, maio 24, 2010

Eleições 2010: Vamos discutir juntos?



Queridos leitores,

O clima de ano eleitoral realmente me contagia. Há quatro anos, quando criei o Politinia, percebi um grande prazer em poder escrever sobre política e essa tem sido a tônica do meu trabalho no jornalismo. Até o meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), realizado em 2007, versou sobre comunicação e política, quando falei sobre os veículos de comunicação do Senado Federal.

Em 2008, trabalhei em cidades do interior baiano, fazendo assessoria de comunicação para candidatos. Tive naquele período uma vivência que me fez querer me aprofundar cada vez mais no mundo da política, colocando a comunicação como um elemento fundamental na aproximação entre o político e a sociedade.

Sei que grande parte das pessoas tende a desacreditar de tudo isso, mas vou continuar erguendo a minha bandeira sobre a necessidade de acompanharmos, enquanto cidadãos, o que vem acontecendo no cotidiano daqueles que escolhemos para serem os nossos representantes. É uma missão bem possível.

É com grande prazer que pretendo traçar um panorama bem pessoal sobre como eu, cidadão, enxergo os atuais pré-candidatos às eleições de 2010. Como já disse, não pretendo apontar aqueles que eu considero bons ou ruins, mas sim mostrar como eles têm obtido repercussão na mídia e quais são os diferenciais que eles têm trazido.

Tenho muito ainda a aprender e fico feliz demais por poder compartilhar esse momento de aprendizado com tanta gente que tem acessado o Politinia. Continuo trabalhando em uma agência de marketing político e essa atmosfera que me cerca me inspira demais.

Deixo aqui o espaço aberto para comentários sobre ideias que vocês possam ter para esta série de discussões que estão por vir. O Politinia é nosso. Opinem e mostrem caminhos pelos quais possamos caminhar juntos.

Conto com vocês!

Até mais!

quarta-feira, maio 12, 2010

Rumo novamente ao Hexagero! E as eleições?

Definitivamente não sou nenhum “expert” em futebol. Tentei jogar quando era mais novo (Calma! Tenho apenas 23 anos), mas nunca tive talento. Para não atrapalhar as partidas dos meus amigos, resolvi que a melhor coisa a fazer seria ficar apenas na torcida.

Em ano de Copa do Mundo, falar de futebol é algo bastante freqüente em todas as rodas de conversa, mesmo para aqueles que pouco sabem ou acompanham o futebol, como é o meu caso.

Em 2006, ano em que lancei o Politinia, ainda como parte da disciplina Jornalismo Online, da Unijorge, falei um pouco sobre o exagero que acaba havendo a cada 4 anos, quando seleções de futebol de todos os cantos do mundo se encontram em um torneio fantástico.

Naquela época, quis dar minha opinião sobre o fato de que simultaneamente à Copa, temos no mesmo ano as eleições para deputados, senadores, governadores e presidente. Lembro que me preocupava com o fato de que havia uma grande preocupação com o acompanhamento sobre o futebol, enquanto o período pré-eleitoral estava sendo deixado de lado.

Hoje percebo o porquê disso tudo. O sentimento de patriotismo que temos sempre que a seleção entra em campo na Copa é infelizmente o único momento em que nos unimos de fato para acreditar no nosso país.

Tudo que vemos na política atual só nos torna mais descrentes de que realmente a situação pode mudar. É uma pena.

Sempre defendi neste blog a necessidade de acompanhar aquilo que os nossos representantes têm feito. Apesar das propagandas e do marketing que hoje permeia o meio político, podemos sim ter um parâmetro sobre como as coisas estão indo. Manter-se informado é uma questão de interesse.

Entendo que nós brasileiros estamos desacreditados com a política, por enxergarmos que mesmo mudando os nomes, as atitudes, ou melhor, a falta de atitudes, continua.
Temos um presidente que é considerado por muitos o maior político dos últimos 50 anos, mas isso não tem bastado para termos no contexto municipal e estadual uma consolidação de um país melhor.

Não podemos deixar de torcer pelo futebol, afinal ele já faz parte da nossa cultura. Mas temos que ter os olhos abertos para desde já acompanharmos o que as urnas podem nos revelar em outubro. É fácil não acreditar em algo quando não nos interessamos ou não conhecemos por ele.

Apesar de trabalhar com política, eu ainda tenho muito a aprender sobre o assunto. Acompanho os bastidores da pré-campanha e sinto que este assunto é muito pouco discutido nos ambientes em que estou inserido.

Muitos jovens têm lido o blog. Fico imensamente feliz com isso. Espero despertar um pouco esse interesse em buscar sempre a informação. A Copa e as eleições são os dois grandes marcos de 2010. Vamos torcer pelo Brasil em ambas!

Abração e até mais!

segunda-feira, abril 19, 2010

A revolução das redes sociais


Olá, queridos!

Peço desculpas pelo tempo sem atualizar. Procuro escrever apenas quando algum tema fica "martelando" na minha cabeça e sinto a vontade de compartilhar esses meus pensamentos.

Imagino que o Politinia não seja o único blog que vocês visitam. A cada dia, milhares, ou mesmo milhões de blogs surgem em todo mundo, falando de diversos assuntos, conseguindo assim cativar diferentes públicos. Este blog já serviu de inspiração para a criação de outros. Sinto-me orgulhoso por ver que as pessoas se espelham na ideia de poder dividir com amigos e desconhecidos seus devaneios, ideais, planos e ideologias.

Essa é a força do que chamamos de REDES SOCIAIS. Os blogs e sites de relacionamentos, como Orkut e Facebook, têm cada vez mais ganhado força entre os internautas brasileiros.

Hoje trago um vídeo que contém vários dados sobre o acesso às redes sociais por todo o mundo, focando o Brasil. Como vocês poderão ver, já temos um total de 70 milhões de pessoas conectadas à internet no nosso país. Desse total, em torno de 80% desses usuários fazem parte de redes sociais, compartilhando fotos, vídeos, textos e uma infinidade de informações.

Lembro de quando o Orkut oferecia apenas 12 fotos para upload. Era difícil escolher quais momentos colocar. Hoje noto que cada vez mais as pessoas vêm tornando público eventos e situações que acontecem no seu cotidiano. Em alguns casos vejo um pouco do exagero que a novidade traz, mas temos que entender que está nascendo, ou melhor, já nasceu uma nova forma de se relacionar com o mundo.

Através das redes sociais conhecemos pessoas, bandas, tribos, comunidades, grupos de discussão e um número infinito de possibilidades que se encaixam exatamente ao que somos ou pretendemos ser.

Muita gente ainda usa as redes sociais para criar um personagem sobre si mesmo. Faz parte do show. No entanto, noto este fenômeno como uma verdadeira revolução que tem cada vez mais potencializado a capacidade de obter e compartilhar informações das mais diversas possíveis.

Utilizo as seguintes redes sociais: Orkut, Blogger, Twitter, You tube e Facebook. Existem vários outros, mas acho que estes daqui já estão de bom tamanho para as minhas necessidades.

Confiram o vídeo e comecem a pensar como as redes sociais têm feito parte das suas vidas.



Um grande abraço e até mais!

quarta-feira, março 24, 2010

O conceito de Opinião Pública

O ano de 2010 está passando realmente muito rápido. Quando dou por mim, percebo que já se passaram três semanas sem nenhuma postagem nova e logo me bate a vontade de recuperar o tempo perdido e prestigiar todos vocês, queridos leitores e seguidores do Politinia.

Demorei um pouco para saber sobre o que versaria o meu novo post, mas há algum tempo que pretendia falar de um assunto e achei a semana oportuna. Nos tempos de faculdade (até parece que faz décadas...) e agora no MBA que estou cursando, tive a oportunidade de estudar um conceito que acho de fundamental importância para toda a sociedade, mas que ela muitas vezes o utiliza de uma forma errada. A pergunta de hoje é: O que seria Opinião Pública?

É comum achar que este conceito tem a ver com a opinião da sociedade acerca de um determinado tema. Não é bem por aí. As opiniões que temos sobre determinados fatos, sempre influenciadas pelo nosso conhecimento de causa, experiências de vida, ou mesmo pelo meio social no qual estamos inseridos, é o que chamamos de OPINIÃO DO PÚBLICO.

A Opinião Pública é algo diferente. Trata-se de um fenômeno, uma espécie de onda que se forma e depois se desfaz. Esta onda à qual me refiro traz consigo um determinado assunto, que ganha proporções muito grandes e que atinge diferentes grupos sociais da sociedade.

Todo mundo sabe que em mesas de bar, salões de beleza, roda de amigos e etc., sempre há algum assunto que é debatido fervorosamente, mas que com um certo tempo perde força, dando lugar a outros.

Nesta semana o assunto principal que tem repercutido como um fenômeno de Opinião Pública tem sido o julgamento do casal Nardoni, principais suspeitos pela morte da menina Isabella Nardoni, que aconteceu há quase 2 anos. Percebo nos diversos ambientes que frequento a presença de opiniões e conversas sobre este episódio, que vem sendo fortemente debatido na mídia. Daqui a um mês, ninguém mais falará neste assunto.

No entanto, o fenômeno da Opinião Pública pode funcionar sim como um agente modificador das leis e que conduz a sociedade para um caminho diferente. Foi o que aconteceu no julgamento sobre a morte de Daniella Perez, filha da autora Glória Perez, barbaramente assassinada em 1992. Glória, através de uma forte mobilização social, conseguiu mudar a Lei de Crimes Hediondos.

É a própria mídia que funciona como um elemento propulsor da grande maioria dos assuntos sobre os quais discutimos no nosso cotidiano. Somos pautados por ela e não tem jeito. A velocidade que a internet trouxe para as informações também nos torna mais munidos para saber cada vez mais sobre o que quisermos.

O Politinia é um reflexo dos fenômenos de Opinião Pública. Procuro sempre trazer para o debate assuntos que percebo que podem ser discutidos e assim tomarem um rumo muito maior do que a “onda”, que muitas vezes é superficial. É daí que surge a conscientização.

Semana que vem temos final do BBB 10, depois vem a Copa do Mundo, Eleições, e assim sempre a onda da Opinião Pública vem e nos arrebata. Espero ter esclarecido a confusão que às vezes se estabelece sobre este conceito, que se faz tão presente nas nossas vidas. Sempre surfamos nela, mas em alguns casos vale a pena estarmos de olhos abertos para irmos além e nunca tomarmos um “caldo”. Até mais!

Agradecimentos: Professores Eliezer Cruz e José Carlos Peixoto

Blogs interessantes

Olá, queridos!

Antes de atualizar o Politinia com um novo post, gostaria de deixar aqui os links de dois blogs muito inteligentes e que interessa a todos nós. O primeiro é de uma grande mestre e amigo dos tempos de faculdade, José Carlos Peixoto. O segundo blog trata de finanças pessoais e nos ajuda a saber como melhor mexer com o nosso dinheiro. É de um outro grande amigo chamado Rocpáurio Alfredo. Seguem os links:

www.textosaovento.blogspot.com

www.cadeodinheiro.blogspot.com

BOA LEITURA!

segunda-feira, março 01, 2010

Tratando de trote


Ontem, assisti a uma reportagem que me chamou muita atenção e por isso achei interessante trazer essa discussão aqui para o nosso Politinia. Na edição desta semana do Fantástico, uma matéria mostrou trotes realizados por alunos de medicina em universidades espalhadas pelo interior de São Paulo.

Não sei se essa é uma prática recorrente, mas como o meu blog é muito visitado por jovens, achei por bem colocar o meu ponto de vista acerca desse assunto.

Entrei na faculdade aos 17 anos e confesso que realmente é fato que um mundo se abre no primeiro dia em que sentamos naquelas cadeiras. Começamos ali a projetar o que pretendemos ser, não só enquanto profissionais, mas como pessoas também.

O cotidiano do mundo acadêmico me possibilitou um amadurecimento muito grande, através das pessoas maravilhosas que conheci (professores e amigos) e também pelas oportunidades de conhecer diferentes universos de estudo. Anos inesquecíveis.

Não vivenciei nenhum tipo de trote. Até acho divertida quando as boas vindas são dadas com brincadeiras saudáveis, ou mesmo com algum tipo de ação social em prol de pessoas carentes.

O que eu vi ontem foi uma cena de horror, onde veteranos e calouros protagonizavam um espetáculo dos mais idiotas possíveis. Particularmente acho que ambos estão culpados. Os mais velhos pela iniciativa em tomar certas atitudes e os recém-chegados por serem coniventes com toda aquela sequência de absurdos.

Esfregar carne podre na cara do outro, arremessar objetos em direção, obrigar a andar abaixado no meio da rua, agredir fisicamente com tapas e afins, são atitudes que nos fazem repensar até que ponto certas pessoas chegam e se submetem para fazer parte de grupos.

Os veteranos utilizam o discurso de que haverá retaliação caso os calouros não façam o que eles pedem. Em uma das cenas, jovens pediam dinheiro nos sinais de trânsito para comprar bebidas alcoólicas para a festa daqueles que estão prestes a se formarem médicos. Patético.

Cada dia vejo que falta mais autenticidade às pessoas. Fazer parte de grupos, tribos e como é que se queira chamar é uma maneira de se colocar dentro da sociedade e poder compartilhar ideias e ideais em comum. O que eu venho percebendo é que em nome de fazer parte de certos contextos, cada vez mais certos jovens têm deixado de lado a sua individualidade para ser um personagem, com uma ideologia que mais parece uma configuração programada de um computador.

Lembro que eu sofria uma espécie de preconceito ou exclusão por não gostar de uma determinada banda, música, programa de tv, livro, ou coisa do tipo. Pelo visto as coisas só pioraram.

Acredito que os jovens têm que começar a pensar o que é melhor pra si, sem se importar muito com o que os outros vão pensar, tudo dentro de um certo limite é claro.

Submeter-se a situações ridículas como as mostradas nos trotes em São Paulo é se colocar em uma posição de inferioridade, na qual a autenticidade dá lugar a algo que muitas vezes nem gostamos de ser, mas que nos faz ser aceitos dentro de um determinado meio.

Falta limite e principalmente atitude para assumirmos o que somos. Espero que possamos nos olhar melhor no espelho e entendermos que para sermos melhores não precisamos ser alguém que não queremos ser. Não é fácil, mas vale a pena. Até mais!

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Eu e o Carnaval



Ainda bem que o carnaval passou. A já conhecida frase: "O ano só começa depois do carnaval" se torna cada vez mais verdadeira, principalmente quando criamos expectativas e pretendemos realizar projetos durante o ano.

Apesar de morar muito próximo de toda folia que é o carnaval de salvador, não me sinto parte da festa e há 15 anos, devido principalmente a um hábito criado na minha
família, não vou pular atrás dos trios elétricos.

É engraçado ter essa relação de distância com algo que está tão perto e ao alcance ao mesmo tempo, mas é exatamente isso o que acontece. Até tinha me programado para quebrar esse tabu em 2010, mas novamente os planos deram errado.

Sou muito ligado ao universo musical e como não poderia deixar de ser, sou um apaixonado pela Axé Music, música feita aqui na Bahia que dá tom da folia momesca. Todos os anos acompanho o cenário dos novos artistas e procuro ficar por dentro de todas as novidades sobre músicas, estilos e tendências que o Axé traz à tona para a avenida.

Este ano me frustrei muito com tudo que vi. Acho que o pagode baiano, que tem origem no samba-de-roda e na chula do recôncavo, passa por um momento interessante de mudanças, que tem como característica principal a inserção de elementos do pop, do eletrônico e do Hip Hop. Essas inovações são perceptíveis e agradáveis na parte percussiva do ritmo, mas as letras ainda, em sua grande maioria, deixam a desejar.

Rebolations à parte, percebo que o carnaval baiano tem se consolidado como um evento cada vez mais focado no nome dos grandes artistas, hoje donos dos seus blocos e que mandam e desmandam na festa. Cada vez mais a essência de uma festa popular e democrática tem dado lugar à lógica de se ganhar dinheiro, que veio junto com a profissionalização da folia.

Muitas questões ainda precisam ser revistas e a intenção do Politinia não é apontar situações certas ou erradas. O carnaval de Salvador entrou em um caminho sem volta, onde quem pode pagar pra se divertir tem o seu espaço, tanto nos blocos, quantos nos camarotes, e os que não podem, se arriscam nas ruas.

A Secretaria de Segurança Pública anunciou uma redução de em média 7% das ocorrências neste ano com relação ao ano passado. É um número significante, mas que ainda está longe de ser o ideal.

A maior festa popular do mundo traz consigo as mazelas de um povo que sofre com a falta de oportunidades e de respeito por parte das autoridades. Isso se reflete na situação dos cordeiros, na violência gratuita, nos inúmeros assaltos e na sensação de insegurança que faz com que grande parte dos soteropolitanos prefiram viajar e fazer outras coisas, assim como eu.

Tenho muita vontade de rever o carnaval. Minhas lembranças de 8 anos de idade são muito claras, mas sei que ao longo desses 15 anos muita coisa mudou, quase tudo na verdade.

Sou um defensor da música feita aqui e dos artistas, com algumas ressalvas que não vem ao caso agora. Gostaria muito de ver a celebração maior do Axé Music e sentir tudo isso de perto. Quem sabe em 2011?

Agora que a folia já passou, é hora de começar o ano de verdade. 2010 está só começando e tenho certeza de que será marcante para as discussões aqui no Politinia. Guardemos os abadás e até mais!

terça-feira, janeiro 26, 2010

Luz, câmera, conscientizAÇÃO!


Muito além de uma super produção. Foi com essa sensação que eu saí da sala de cinema logo depois de ter assistido Avatar. Preferi deixar passar o "frisson" da estreia e a chuva de críticas e elogios passarem para poder, com calma, tentar entender um pouco do universo criado por James Cameron, que me impressionou desde o trailler.

De cara me deslumbrei com a riqueza de detalhes e todo o enredo criado e passado em um planeta chamado Pandora, muito parecido com o nosso, mas que tinha habitantes, os Navi, bem diferentes de nós daqui da Terra. A ideia de criar um Avatar, ou seja, um homenídeo de outro planeta e manipulá-lo através de um sistema de conexões remoto também cria no espectador uma ligação muito forte com o filme.

Muito além da história, que é de uma criatividade e uma riqueza singular, o que mais me atraiu no filme foi o discurso dos Navi. Eles procuram ensinar aos humanos inseridos no planeta deles através dos Avatares a importância de respeitar a natureza e a conexão que existe entre todas as coisas.

Coincidências à parte, foi exatamente sobre isso que eu falei no primeiro post deste ano. Nós nos desconectamos demais do meio ambiente e passamos por cima de muitas coisas para satisfazer determinados caprichos. As catástrofes naturais estão nos mostrando como é que se dá o troco.

O conflito instaurado em Pandora se dá porque lá existe uma espécie de mineral, algo assim, que vale milhões por cada quilo extraído e que possui uma enorme reserva bem abaixo de uma árvore gigante, onde vivem os Navi. A guerra deixa claro que a missão de explorar a qualquer custo se sobrepõe e nenhuma tentativa de diálogo foi capaz de fazer com que a história daquele povo e o seu amor à natureza fossem respeitados. Mais realismo impossível.

Gostei da sensação de deixar o cinema e perceber o quanto pude pensar sobre a questão ambiental e como nós somos mesquinhos e nos achamos auto-suficientes. Mais uma vez deixo bem claro que para mudarmos nossas atitudes sobre qualquer coisa não se faz necessário um esforço muito grande.

Reciclar, otimizar a água, utilizar o álcool nos postos de abastecimento, não sujar as ruas, não queimar áreas de vegetação. Tudo isto está ao nosso alcance e podemos fazer a nossa parte. Foi bom refletir sobre isso assistindo Avatar. Tá aí a dica! Até mais, terráqueos!

quarta-feira, janeiro 20, 2010

2010: Faça a sua parte!


2010 já chegou realmente com tudo! Logo no reveillon, fomos surpreendidos com a tragédia em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Há uma semana, o mundo ficou chocado com a devastação causada por um terremoto no Haiti.

A violência causada pelos atentados, como o que aconteceu contra a seleção do Togo, no território de Angola, além dos intermináveis atentados no Iraque, Afeganistação e região, também nos fazem acreditar que todos os pedidos de busca pela paz e harmonia para o mundo ficam apenas nas sete ondinhas que pulamos na virada de cada ano.

A perda da fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, também vítima da tragédia do Haiti, é mais uma das inúmeras notícias ruins que estão por vir em 2010. Vocês devem estar pensando que eu estou pessimista ou algo do tipo, mas não é bem isso.
Gostaria muito de pensar em algo interessante e ao mesmo tempo otimista para o meu primeiro post do ano, porém não consegui.

A natureza tem respondido de maneira contundente a todo o mal que fizemos a ela nos últimos anos. Isso se torna cada vez mais claro.

No Brasil, o que mais me indigna está na impunidade sobre aqueles que sempre levam vantagem por ter dinheiro e/ou poder.

O que posso desejar a todos os que me acompanham através do Politinia é que busquem ser pessoas melhores, respeitando o direito do outro, estando sempre prontas pra ajudar e que acima de tudo, respeitem o planeta em que vivemos.

Tenho procurado ser assim nos meios onde estou inserido. Faço a minha parte. Acho que essa é a grande lição que podemos ensinar aos outros.

Que 2010 seja um ano de atitudes melhores, de pessoas melhores, apesar de tudo que aí está. Até mais!