quarta-feira, abril 26, 2006

Nosso Héroi? Lá ele!



Rodrigo Marques

Fico admirado como em anos eleitorais as coisas passam a acontecer. Aquelas propogandas de programas sociais, que sempre mostram famílias sorrindo e satisfeitas; o empenho em mostrar sempre as imagens de atuação dos políticos, principalmente na Câmara do Deputados e a famosíssima operação tapa-buracos, que com essas chuvas, já foi pro espaço.
Falando em ir pro espaço, é justamente esse tema que quero abordar hoje e que servirá como referencial para uma posterior confecção de um artigo. Creio que já estamos de saco cheio de ver e ouvir falar sobre Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro. Nada contra a sua pessoa, ou à façanha conseguida por ele, mas acredito que o espetáculo midiático, instigado pelas assessorias de imprensa do governo federal, tem trazido uma idéia de heroísmo, cheia de segundas intenções.
É muito conveniente dar uma amplitude para um fato como esse logo em ano de eleições. Pontes tem sido usado, ou talvez esteja até gostando de pousar como um sujeito simples que conseguiu ver a terra lá de cima. De fato é, mas a jogada midiática feita a partir disso que acaba dando proporções exageradas na agenda dos meios de comunicação. Construir um herói é muito conveniente para passar uma imagem de um governo que vem dando certo e que estamos em "Um país de todos".

quinta-feira, abril 13, 2006

Imprensa cidadã?


Rodrigo Marques

Muitas vezes damos de cara com situações que põe em jogo a real função da imprensa. Tratar do interesse público e procurar alcançar sempre a objetividade são perspectivas que sempre são debatidas ao se falar do trabalho jornalístico. Infelizmente, os interesses particulares dos donos desses veículos de comunicação, em parceria com toda a lógica mercadológica que envolve a mídia hoje em dia, vêm fazendo com que as metas na rotina jornalística sejam desviadas.
Tivemos dois bons exemplos nesses últimos tempos. A quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, feito de forma ilegal pelo presidente da Caixa, divulgado pela revista época e o diálogo entre Suzane Von Richthofen e seu advogado flagrado pelo microfone que estava ligado,durante a reportagem exibida pela rede globo, mostram uma tendência de tornar tudo em espetáculo.
O que acaba acontecendo é a colocação do direito à informação, inerente à qualquer cidadão, em segundo plano. Buscar audiência a qualquer custo, emitindo juízos de valor e até mesmo em ações que caberiam à outras instâncias, como a judicial, revela uma postura equivocada por parte da imprensa, que fere a cidadania. Como não temos um público crítico e atuante na relação com os meios de comunicação e juntando a isso o fato de que somos reféns desse Estado que nada faz pra melhorar os aspectos sócio-econômicos e culturais, acabamos absorvendo essas atitudes da imprensa como uma verdade absoluta. Acho que precisamos acordar.

sexta-feira, abril 07, 2006

Interatividade Cidadã


Rodrigo Marques

Estudar aspectos referentes ao jornalismo digital e as suas implicações no fezer jornalístico, é ter vários paradigmas e perspestivas a serem levantados. Como cidadãos, devemos aproveitar esse momento histórico com relação ao jornalismo e procurar nos adequar à uma necessidade natural dessa nova forma: interagir com o trabalho feito pelos jornalistas.
A interatividade é uma demanda que realmente possibilita uma repercussão interessante na relação produtor-usuário. A capacidade de poder ter as opiniões publicadas, torna o público não somente mais participativo, mas com a crítica à flor da pele. Isso não repercurte no fim dos jornalistas, pelo contrário, estimula o desenvolvimento de um trabalho mais plural e consistente.