segunda-feira, fevereiro 18, 2013

Clube de Minas, Esquina do Mundo

                         

Assisti ao documentário “Clube de Minas” e fiquei com um desejo incontrolável de escrever sobre as minhas impressões. Desde criança, sem mesmo saber quem era Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Flávio Venturini, ou qualquer outro integrante do Clube da Esquina, eu já me identificava muito com o som deles.

O contato com as músicas do Skank foi muito importante para que esse interesse pela música mineira aumentasse. Acredito que o gosto musical tem que vir de uma identificação natural e por isso livre de preconceitos. Tem muita gente que acha que gostar de uma banda alternativa ou independente o torna um melhor apreciador de música. Pura balela. Essa busca por um trabalho sem rótulos, mas com muita brasilidade é que me faz um grande admirador de muita gente da terra do pão de queijo, como Vander Lee, Jota Quest, Emmerson Nogueira, entre muitos e muitos outros.



Outro ponto que me chamou bastante atenção no documentário e que me fez escrever este texto é a relação de parceria que existe entre as diferentes gerações. Samuel Rosa, vocalista do Skank, conta de uma maneira muito interessante como apreciava o Clube da Esquina durante a sua infância e adolescência. É muito bom ver que depois que ele encontrou o seu caminho com a sua banda, teve a chance de compor com Lô Borges e ter canções regravadas por Milton Nascimento, o maior expoente entre todas as gerações.

Artistas que hoje começam a aparecer na cena musical de Belo Horizonte têm a chance de aprender com seus ídolos e vice-versa. Esta é a mística que faz com que a música de Minas, comendo pelas beiradas, seja feita com tanta verdade, qualidade e falta de bairrismo.É a música brasileira em essência, sem aquele carimbo chato que a restrinja a um determinado espaço ou tempo.

"E basta contar compasso
e basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção
E o coração
Na curva de um rio, rio..."


Fiquei com mais vontade ainda de aprender sobre esse jeito tão nosso de cantar o mundo. Até mais!

Nenhum comentário: